agosto 09, 2013

Incêndio em Aranhas

A aldeia viveu hoje momentos de medo e ansiedade quando as chamas deflagraram num terreno agrícola perto da capela de N. Sra. Do Bom Sucesso e rapidamente alastraram para outros terrenos. Num dia de muito calor – felizmente sem vento – e com a rápida atuação dos bombeiros (fortemente auxiliados por 3 helicópteros), as chamas não atingiram a mancha de eucaliptos, o que poderia ter provocado uma tragédia de enormes dimensões.
Este incêndio, provocado por um acidente fortuito quando uma máquina agrícola se incendiou, faz-nos pensar em muitas coisas. Em primeiro lugar, no vergonhoso estado em que se encontram alguns terrenos. Quando, por exemplo, os donos colhem a madeira de eucalipto e deixam no terreno as cascas e os ramos, quando as giestas atingem tamanhos superiores aos de um adulto, está-se, literalmente, a “brincar com o fogo”. E basta passear por aquela zona e ver os autênticos barris de pólvora que por ali existem. Basta um fósforo e temos o cenário preparado para uma tragédia de grandes dimensões. Que bom seria que o “susto” de hoje levasse à tomada de medidas para que este assunto – que diz respeito à segurança de pessoas e bens de todos – fosse levado a sério.

Um outro aspeto curioso e pouco compreensível tem a ver com o facto de termos na aldeia uma fonte que, 24 horas por dia, 365 dias por ano, está a lançar para a via pública, litros e litros de água. Num momento destes, em que, por exemplo, os helicópteros precisaram de abastecer por diversas vezes, imagina-se que falta poderia ter feito todo esse caudal de água que vai sendo desperdiçada diariamente. Por que não um projeto que levasse a essa recolha para que pudesse ser usada em momentos como estes? Afinal de contas, numa época em que a água é um bem cada vez mais precioso, desperdiçá-la desta forma é, parece-me, pouco sensato.







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