Foi entre os anos de 1961 e 1974 que centenas de milhar de jovens portugueses combateram na Guiné, Angola e Moçambique.
Muitos são recordados pela sua bravura. Portugueses que, independentemente das suas convicções e personalidades demonstraram, numa guerra que não era sua, qualidades únicas em episódios dramáticos que a história se encarregará de ir dando a conhecer aos vindouros.
Muitos foram e não regressaram.
Ali morreram 8800 militares. Do nosso concelho foram 25. De Aranhas 4. Algumas dezenas de milhar ficaram deficientes para toda a vida. Uma verdadeira tragédia.
O Estado Português nunca reconheceu o esforço dispendido pelos seus ex-combatentes e nunca os tratou com mereciam.
De Aranhas também partiram muitos. Ao certo não sabemos quantos.
Durante o tempo que por lá passamos também criamos longas e duradoiras amizades que ainda se mantêm e que se traduzem nos encontros anuais que decorrem por esse país fora.
Eu próprio consegui reunir os ex-combatentes naturais ou casados em Aranhas num almoço convívio que já se vem realizando há uns anos.
Foi num desses convívios que apresentei uma proposta para pedir à Câmara Municipal de Penamacor a construção de um Memorial dedicado aos ex-combatentes naturais do concelho e falecidos na guerra colonial e que se concretizou em 1 de Junho de 2011.
Finalmente, elaborei uma listagem com o nome dos naturais ou casados em Aranhas que estiveram no Ultramar. Certamente haverá mais, mas que desconhecemos . Se está nessa situação pode comunicá-lo em qualquer altura de modo a ser incluído na referida lista.
É bom que os seus nomes sejam recordados no futuro.
Todos eles foram uns verdadeiros heróis.
Aranhas 22 de Setembro de 2012
Libério Candeias Lopes
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