maio 10, 2009

Uma aldeia cheia de colorido

O festival de Folclore trouxe à aldeia o colorido dos vários grupos convidados. Aqui ficam algumas fotos que mostram a beleza dos trajes tradicionais de alguns dos "forasteiros".






maio 05, 2009

Festival de Folclore de Aranhas

Realizou-se no dia 3 de Maio, o VIII Festival de Folclore de Aranhas. Para além do Rancho de Aranhas, estiveram presentes o Rancho Folclórico "Flor do Campo" de Souropires (Beira Alta), o Grupo Mirandanças - Pauliteiros de Miranda, o Grupo Folclórico de S. Martinho de Dume (Braga), o Rancho Folclórico e Etnográfico de Manique do Intendente (Ribatejo), bem como a Banda Filarmónica da Aldeia de João Pires.

Infelizmente, não pude ficar em Aranhas durante a tarde, o que me impediu de assistir a mais um espectáculo popular inesquecível. Agradeço publicamente o convite feito pelo Tó Martinho para o almoço do Festival, ao qual compareci de "fugida". Aqui ficam algumas das fotos da refeição (excelente, diga-se em abono da verdade).






maio 03, 2009

N. Sra. da Penha

Celebrou-se hoje, dia 3 de Maio, o dia da padroeira de Aranhas - N. Sra. da Penha. Pelas 12.30 horas, realizou-se a Missa, na qual foram distribuídas rosas a todos os que tinham na Igreja as suas mães. Estas rosas foram depois entregues às mães, num momento pleno de emoção.


Após a Missa, os festejos em honra de N. Sra. da Penha continuaram com uma procissão à qual se associaram grande parte dos habitantes da aldeia.Durante a tarde teve depois lugar o festival de Folclore de Aranhas, que começa já a ganhar o peso da tradição. Algumas das fotos relacionadas com esse evento ficam para os próximos posts.

abril 17, 2009

Enciclopédia online

Começou a ser feita uma Enciclopédia online dedicada às localidades de Portugal (Memória Portuguesa, assim se chama o site). Essa enciclopédia está a ser construída com a colaboração dos leitores e os seus criadores enviaram-me um email pedindo autorizaçãopara utilizar alguma informação sobre a aldeia de Aranhas que aqui tem sido colocada.

Claro que é gratificante ver que este espaço contribui para a divulgação da nossa aldeia. Aqui fica o endereço para todos os que quiserem passar por lá: http://terrasdeportugal.wikidot.com/aranhas

Mãe dolorosa

Mais um tema cantado nesta Quaresma, desde o alto da torre da Igreja.

abril 13, 2009

Os Martírios do Senhor

Na Quaresma "Não havia bailes nem se cantavam as lindas canções que eram entoadas no resto do ano.
Não havia divertimentos, ou mais propriamente, jogos próprios para esta época.
O único cântico eram os «Martírios». Um pequeno grupo de pessoas subia ao alto da torre da Igreja, de modo a que a maioria da população as pudesse ouvir."

in Aranhas Ontem e Hoje, pág. 68

Nesta Quaresma, esta velha tradição repetiu-se. E no alto da torre da Igreja, ouviram-se de novo as quadras antigas...


abril 07, 2009

Morreu Deolinda Ferreira da Costa

Faleceu na semana passada Deolinda Ferreira da Costa, após vários meses de doença. Foi uma das pessoas que me cedeu várias fotos para este blog, algumas delas já aqui colocadas, outras ainda não. Na fotografia deste post, já com muitos anos, ela surge junto do marido num famoso quadro musical típico do Rancho Folclórico de Aranhas, initulado "Os Noivos". Infelizmente, não será possível voltar a vê-la deste modo.
A todos os familiares aqui ficam as minhas sinceras condolências.

Objectos tradicionais (conclusão)

Tal como havia sido prometido, aqui ficam as restantes fotos da casa de Maria de Lurdes "Feca" e dos seus objectos tradicionais.

abril 04, 2009

Objectos tradicionais

Algumas pessoas que vivem em Aranhas têm nas suas casas verdadeiros tesouros etnográficos, com peças relacionadas com o dia a dia daqueles que foram vivendo e trabalhando na aldeia. Uma dessas pessoas é Maria de Lurdes "Feca" - a quem agradeço - que teve a amabilidade de me abrir as portas da sua casa e de me deixar fotografar a sua colecção de objectos tradicionais. Aqui ficam algumas das fotos. No próximo post colocarei as restantes.


março 09, 2009

Fotos enviadas por António Geraldes

Recebi no meu email este contributo enviado por António Geraldes, a quem desde já agradeço.
Com as fotos vinha a identificação das pessoas nelas apresentadas:

"Foto da esquerda : os meus avós Palmira Henriqueta (de Matos) e José Geraldes em 1933

Foto da direita : Manuel Isidro de Matos, não sei quem está ao lado dele, se é a irmã ou esposa?"

março 08, 2009

Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso

Foi em 1896 que a população de Aranhas pediu autorização ao bispo para se realizaram os festejos em honra de N. Sra. do Bom Sucesso no monte sobranceiro à aldeia. A Capela acabara de ser construída e a festa teve lugar a 27 de Setembro. Mais tarde, essa festa passaria a realizar-se no 3º domingo de Agosto, data que continua a manter-se actualmente.


Em 1970, devido ao seu mau estado de conservação, a primitiva capela (imagem de cima) encontrava-se em risco de ruir. Foi então totalmente demolida, e no seu lugar nasceu a actual capela (foto inicial e imagem de baixo).


Nos últimos anos, a melhoria nos acessos e as obras de melhoramento ao redor do edifício tornaram este espaço ainda mais agradável para todos os que o visitam.

(Informações recolhidas na obra Aranhas, Ontem e Hoje; os desenhos são da autoria de José Ramos Domingues e fazem parte da mesma obra)

março 01, 2009

Praia de S. Martinho do Porto

Foto com cerca de 50 anos, tirada numa excursão, na praia de S. Martinho do Porto.
Foto gentilmente cedida por Manuel António Pereira de Jesus

fevereiro 24, 2009

Foral de Penamacor

Em 1209, o rei D. Sancho I atribuiu carta de foral a Penamacor. 800 anos depois, o acontecimento foi comemorado com uma representação de História ao vivo, na qual se recriou esse facto.
No dia 22 de Fevereiro, a população de Aranhas foi surpreendida, à saída da missa, com uma teatralização, na qual se leram excertos desse documento concedido pelo segundo rei de Portugal.

Após a leitura do documento, seguiu-se um pequeno momento musical que recriou o ambiente medieval.


O foral, atribuído em Março de 1209, foi depois confirmado em Novembro de 1217, pelo rei D. Afonso II.

janeiro 30, 2009

As visitas ao Mataranha

O gráfico mostra o número de visitas que o blog Mataranha teve ao longo de 2008. No total, por 4125 vezes aqui chegaram visitantes, um valor que, como não podia deixar de ser, é um incentivo a continuar a colocar por cá um pouco da vida da aldeia e das suas tradições e costumes.
Por motivos pessoais não tem sido possível fazer grandes actualizações nos últimos tempos. Mas ao mesmo tempo que aqui deixo o meu bem haja a todos os que por cá passam - com especial relevo para os que aqui deixam os seus comentários - gostava de sublinhar a vontade de continuar a manter este espaço vivo. Como sempre, as colaborações de todos serão sempre bem vindas.

dezembro 25, 2008

Mensagem de Natal do Padre José Martins


Natal
“ O Verbo fez-se Homem e habitou entre nós” S. João I, 14

É este nascimento do Filho de Deus que vimos vivendo e celebrando em cada Natal.
Como pároco de Aranhas, este é o quarto Natal que passo convosco, e este ano o segundo, que celebro a tradicional Missa do Galo em Aranhas, e posso dizer-vos que me alegro e dou graças a Deus por tal.
Quero aqui deixar, por este meio, os meus votos sinceros de boas festas natalícias a todos os que se identificam com esta terra de Aranhas, pessoas com fé, sem ela ou que a procuram, pois o nosso Deus se fez Homem por todos.
No passado domingo reflectia, como o tempo passa e com ele, passam momentos que a meu ver são únicos e irrepetíveis. Aquilo que não sabemos aproveitar, as pessoas que deixamos de amar, as pequeninas coisas que porque não as temos, são enormes na falta que nos fazem.
Recordo na minha vida “outros” Natais, que em circunstâncias diferentes, me fizeram sentir em festa. Quem não se lembra, nos dias que já se contavam, para podermos ter aquele presente do Menino Jesus, sim, digo Menino Jesus, pois o Pai Natal só aparece com a comercialização deste tempo, e depois de receber tal presente, o admirávamos como uma verdadeira dádiva. E quem agora, como eu, não admira as mãos daqueles que nos faziam chegar esse presente, pelo seu trabalho, dedicação, amor e entrega total, como o nosso pai, a nossa mãe, a nossa avó e tantos outros …
Pois é, alguns ainda estão connosco, outros já estão na plenitude com Deus, mas o certo, é que esses natais, eram diferentes…
E agora como o celebramos?
Tantos e tantos o assinalam através das compras, das prendas, das festas e das iluminações nesta quadra natalícia.
Os que temos fé, devemos preparar convenientemente a nossa alma e o nosso coração para que o Deus Menino nasça dentro de nós e à nossa volta.
De que forma?
Não sei bem… Sei que Deus é Amor e que por Amor habitou no meio de nós e que também por isso mesmo o devemos dar ao outro.
Este tempo de Natal, pelo que representa, é tempo excepcional para nos dedicarmos aqueles que durante o ano, pelos afazeres da vida, nos desleixamos e nos desculpamos para não nos darmos como eles merecem e precisam. Falo da nossa família, dos nossos amigos, dos nossos companheiros…
Se não temos ouro, incenso, mirra, como os magos em Belém, temos com certeza uma palavra amiga, uma visita para fazer, um sorriso para dar, …
Que este Natal, são seja apenas mais um Natal, mas Natal de verdade, deixemos que o Amor nasça no nosso coração, pois digo-vos, para muitos é mais um Natal, mas não sabemos se vamos ter mais um Natal para nos darmos e para que outros o possam fazer.
Prometo ter presente na Santa Eucaristia da Noite de Natal, todos vós, e com um carinho mais especial, aqueles que não podem estar presentes, neste cantinho bonito de terra com o seu madeiro – Aranhas, uns pela doença, que a dor os impossibilita de se associarem, outros porque a difícil condição de vida a isso obriga, os nossos emigrantes, que sei por experiencia própria, que nenhum tempo, como este, custa a passar longe dos seus, e ainda, as famílias que vivem de forma profunda o luto pelos seus entes queridos e saudosos, a TODOS que O DEUS MENINO vos cumule com as suas BENÇÃOS.
Para que possa eu, celebrar o Natal, peço com sinceridade ao Deus Menino e a vós, o perdão para as minhas fragilidades.

Um SANTO NATAL.
São os meus votos sinceros.
José Martins, pároco da freguesia de Aranhas

Missa do Galo

No passagem do dia 24 para o dia 25, à meia-noite, celebrou-se a Missa do Galo que culminou com o beijar do menino Jesus.

dezembro 24, 2008

O madeiro


Foi hoje aceso o madeiro, no adro da Igreja, cumprindo a velha tradição que todos os anos se renova.

O presépio da Igreja Matriz

Imagem do presépio colocado hoje na Igreja Matriz.

dezembro 23, 2008

O Madeiro (23 de Dezembro)

Amanhã, a tradição vai, mais uma vez, repetir-se,e o madeiro que ocupa o centro do adro da Igreja será aceso para iluminar a noite de Natal. Mesmo passando os anos, mesmo passando as vidas, a tradição permanece, imutável. Ainda bem, pois é ela que permite manter vivas as referências de todos nós.

dezembro 15, 2008

Termos antigos

A língua portuguesa - tal como todas as línguas - não é estática. Por isso, muitos termos usados numa determinada época, acabam por entrar em desuso. Aqui ficam algumas palavras antigas usadas na Beira Baixa em geral e em Aranhas em particular e que, actualmente, desapareceram das conversas do dia a dia:
- Anafiar (lisonjear)
- Bibedouro (espécie de ligadura para apertar o umbigo das crianças)
- Caputcha (agasalho de mulher)
- Carrapato (nu)
- Escolateira (cafeteira para fazer o chocolate
- Estar pirrónico estar mal-disposto)
- Levar lenha (apanhar uma sova)
- Mandil (avental de mulher)
- Mandongo (desajeitado)
- Reboleiro (chocalho para pendurar ao pescoço do gado)
- Redolho (último filho)
- Talamouco (pessoa que não sabe o que diz)
- Trancelim (fio de ouro)
- Zagalo (rapaz)
- Zorra (vagarosa)

Fonte: Aranhas Ontem e Hoje

dezembro 07, 2008

Quadro de José Domingues

A foto de cima, é de um tio de José Domingues, que o pintor imortalizou numa obra sua (em baixo). Agradeço desde já ao José Domingos estas duas fotos que me disponibilizou para aqui serem colocadas.

novembro 28, 2008

Até sempre

No dia 22 de Novembro faleceu o meu pai, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. O funeral realizou-se em Aranhas, a terra dos seus sonhos. Aqui passou os 3 últimos anos da sua vida, concretizando um desejo que, em Lisboa, durante anos acalentou: o de regressar à “sua” terra do coração. Mesmo não sendo a sua terra de nascimento, pois nasceu na Aldeia de João Pires.
Nos 3 anos que aqui viveu, saboreou aquela vida que o fazia feliz: trabalhar no campo, tratar da criação, passar horas e horas em trabalhos que, mesmo quando o cansavam, eram sempre feitos com prazer. Há um ano e meio teve um AVC que lhe roubou parte da força. Mas nem isso lhe tirou o gosto por esta vida. Por isso, era um “aranhiço” como poucos, preso a esta terra não pelos laços do nascimento, mas pelos laços da alma.
No dia 22 de Novembro partiu, deixando-nos cheios de saudade. Faz-nos falta o seu ar rezingão, as suas brincadeiras constantes, a sua teimosia e, sobretudo, a sua enorme vontade de ajudar os outros, a sua disponibilidade. A mim, pessoalmente, faz-me falta um pai que sempre fez o possível e o impossível para me dar tudo o que podia.
No dia 22, o corpo do meu pai chegou à aldeia já era noite. Muitos eram os que aguardavam a sua chegada, tal como muitos foram os que passaram pelo velório e, no dia 23, o acompanharam no seu funeral. A todos os que quiseram prestar-lhe uma última homenagem aqui deixo os meus agradecimentos. Apesar de a minha opinião não ser imparcial, acredito que mereceu essa homenagem, porque era um bom homem e um amigo sincero. Para além de ser um marido, um pai, um sogro e um avô fabuloso.
Este blogue não tem por objectivo falar da minha vida pessoal. Mas neste espaço dedicado a Aranhas, não podia deixar de registar esta perda.

Até sempre pai!

novembro 24, 2008

Obrigado

Não podia deixar de usar este espaço que tem servido para divulgar um pouco da vida de Aranhas sem prestar aqui o meu mais profundo agradecimento ao povo de Aranhas que, no dia 23 de Novembro, acompanhou o meu pai nesta transição entre a vida terrestre e uma outra vida mais serena.

Não sendo um "aranhiço" de nascença, era-o de alma, profundamente.